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Sarna Demodécica
Quando ocorrem estados de imunodeficiência geral do animal por motivos variados, e conseqüentemente uma falha nos mecanismos de defesa próprios da derme, a pele do cão torna-se ecologicamente favorável à reprodução e crescimento do Demodex canis. Os parasitas “agarram” essa oportunidade para colonizar os folículos pilosos, elevando sua população em milhares de ácaros.
Há autores que admitem que o “ataque dos ácaros” se instala quando o cão não está bem alimentado ou apresenta deficiências nutricionais. Outras doenças, principalmente a cinomose, predispõem aos cães sarna demodécica. Banhos freqüentes com sabões alcalinos tornam a pele suscetível ao “ataque dos ácaros”. Ainda de acordo com os autores, dentre os fatores considerados predisponentes destacam-se o estresse, o cio, a endoparasitose e a doença debilitante.
O demodex sobrevive alimentando-se do conteúdo das células epiteliais e sebo do folículo piloso.
De acordo com pesquisadores, a presença de grandes quantidades de ácaros causa dano e afrouxamento das hastes dos pelos, terminando com a queda dos mesmos, desde o folículo, resultando em quadro de alopecia. A patogenia decorre da presença de demodex nos folículos pilosos e glândulas sebáceas ocasionando sua dilatação, permitindo assim a invasão bacteriana. Doenças fúngicas também podem ocorrer como infecção secundária.
A proliferação exacerbada do Demodex canis, resultando em um quadro claro de problemas dermatológicos, é conhecida como sarna demodécica. Outros sinônimos para esta patologia são: demodicose, sarna negra, sarna vermelha e sarna folicular.
A sarna demodécica pode ser classificada de acordo com a sua distribuição corpórea (localizada ou generalizada) e de acordo com a faixa etária das primeiras manifestações (juvenil ou adulta). Acredita-se que o curso, o prognóstico e, inclusive, as causas dos dois tipos são amplamente diferentes.
Para fazer o diagnóstico da doença é preciso realizar o exame de raspado da lesão. (leia-se: impossível fechar diagnóstico no “olhômetro”)